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Sessão do Congresso tem mimimi e é encerrada sem quórum

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Julia Lindner

Diversos deputados subiram no espaço da Mesa Diretora da Câmara, durante sessão do Congresso Nacional, para protestar contra o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Seguranças legislativos tiveram que fazer um cordão de isolamento para proteger o peemedebista e os outros integrantes da Mesa.

A confusão fez com que Oliveira interrompesse a sessão que servia para votar vetos presidenciais e limpar a pauta para apreciação da alteração da meta fiscal, por alguns minutos. A confusão começou durante a ausência de Oliveira, quando ele foi substituído pelo senador João Alberto Souza (PMDB-MA) no comando dos trabalhos.

Durante votação do sétimo item da pauta, que trata sobre cartão reforma, o deputado Weverton Rocha (PDT-MA) fez uma questão de ordem. João Alberto rejeitou a questão, sem nem sequer ouvi-la. Mesmo sob protestos de Rocha e outros parlamentares, o senador manteve a posição, interrompeu o microfone de Rocha e continuou a votação sobre o veto.

Em seguida, Oliveira voltou e reassumiu a mesa, mas também não atendeu os pleitos dos parlamentares que gritavam pedindo que ele reconsiderasse a questão e encerrou a votação. Na sequência, começaram diversos protestos contra o presidente, alegando que ele desrespeitou as normas da Casa e não ouviu todos os congressistas.

Weverton chegou a arremessar um regimento em direção à Mesa Diretora, mas não atingiu ninguém. Ele e pelo menos outros dez deputados subiram até a mesa, exaltados, bradando contra a decisão da presidência, entre eles Paulo Pimenta (PT-RS). No momento da briga, haviam sido analisados apenas seis itens, de um total de 18 vetos presidenciais que trancam a pauta de votações.

Após dez horas de deliberações, Eunício Oliveira encerrou os trabalhos e marcou uma nova sessão conjunta da Câmara e do Senado para esta quarta-feira, 30, a partir das 13 horas.  Ao anunciar o término da sessão, Eunício destacou que não havia número suficiente de senadores para apreciar o veto sobre a medida provisória das concessões, que foi derrubada pelos deputados instantes antes e precisava ter resultado confirmado ou não pelo Senado. Naquele momento, estavam presentes 17 senadores; seriam necessários 41 para votação.

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