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Segurança sob intervenção

Exército começa a jogar pesado e mata sete suspeitos no Rio

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Autor/Imagem:
Wilson Tosta

Sete suspeitos morreram na noite de sexta e madrugada de sábado no Complexo do Lins, em consequência de operações promovidas pelas Forças Armadas e pelas polícias Civil e Militar em mais de dez comunidades das zonas oeste e norte do Rio.

Um dos mortos é Sérgio Luiz da Silva Júnior, o Da Russa, que comandava o tráfico no Morro São José Operário, na Praça Seca, e era apontado como responsável pelo estupro coletivo de uma adolescente há dois anos. Vinte e dois supostos criminosos foram presos, e três menores, apreendidos.

Também houve confronto com criminosos da Cidade de Deus, na Zona Oeste. Para as operações policiais, a estrada Grajaú-Jacarepaguá foi interditada a veículos no início da manhã. Permanecia fechada pelo menos até o início da tarde.

A perseguição ao bando de Da Russa começou nas comunidades de São José Operário (também conhecida como Morro da Barão), Bateau Mouche, Caixa D’Água, Chacrinha, Mato Alto, Covanca e Pendura-Saia – todas em torno da Praça Seca, na zona oeste.

A região é disputada por traficantes e milicianos, com confrontos armados diários nas ruas, e, segundo o serviço Fogo Cruzado, foi a que registrou mais tiroteios – 100 – no período de 16 de fevereiro a 15 de maio, primeiros três meses da intervenção federal na segurança. As favelas começaram a ser cercadas e ocupadas por volta das 22h30 da sexta-feira, 18. A ação envolveu 2800 militares das Forças Armadas, 300 PMs e 240 policiais civis.

Cercado, Da Russa e seus comparsas fugiram, atravessando a cidade protegidos pela mata dos morros que dividem as duas regiões. Os criminosos buscavam refúgio em favelas do Complexo do Lins, na zona norte, como os morros da Camarista Méier e Cotia, que também dominavam.

Ali, já no sábado, toparam com agentes da Unidade de Polícia Pacificadora local. Segundo a Polícia, houve confronto, que resultou nas mortes e nas prisões. Da Russa era apontado como homem de confiança de Luiz Cláudio Machado, o Marreta, preso desde 2014, e personagem dos episódios na Praça Seca – muitos ocorridos durante o dia e exibidos em noticiários televisivos do Rio.

Nas operações, foram apreendidos, até o início da tarde, cinco fuzis, 16 pistolas, duas granadas, drogas, celulares e radiotransmissores. As operações policiais continuavam até o início da tarde, quando a Grajaú-Jacarepaguá continuava fechada. Unidades de elite das Polícias, como o Batalhão de Operações Especiais da PM e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil também participaram das ações.

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