Desde a primeira edição, em 2016, o setor de design da SP-Arte teve um crescimento expressivo. Nesta 14ª edição destacam-se produtores independentes que trabalham fora da escala industrial, além do mobiliário de arquitetos históricos como o catalão Antoni Gaudí (1852-1926) e artistas surrealistas como o também catalão Salvador Dalí (1904-1989).
Ambos estão representados por cadeiras incomuns trazidas para a feira pela Micasa Vol. B, que comemora 20 anos de mercado com exemplares exclusivos desenhados por ambos. A empresa, aliás, tornou-se conhecida por representar aqui nomes como o designer italiano Martino Gamper, que estudou escultura com Pistoletto e projetou cadeiras tão surrealistas como a de Dalí (sua Leda Chair tem apenas três pernas e usa salto alto).
Em se tratando de design insólito, o Brasil tem se destacado pelas poltronas desenhadas pelos irmãos Fernando e Humberto Campana, representados pela Firma Casa na feira. Dois designers modernos históricos também podem ser vistos na SP-Arte, Joaquim Tenreiro (na Arte 57 Design) e Jorge Zalszupin (na Passado Composto Século XX). A Passado Composto apresenta também uma tapeçaria que adota como referência uma tela do pintor modernista Alfredo Volpi (da sua série Mastros).
Entre os independentes destaca-se o gaúcho Hugo França, que recicla resíduos florestais e cria com eles singulares esculturas mobiliárias. Há também a paulistana Ana Neute, que optou pela carreira solo há três anos e é autora de algumas das mais belas luminárias em exposição da SP-Arte.
A Etel reuniu alguns dos maiores nomes do modernismo brasileiro, de Warchavchik a Lina Bo Bardi, sem esquecer dos contemporâneos (Isay Weinfeld, entre eles). Entre os objetos destacam-se os vasos de cristal soprado da veterana designer Jacqueline Terpins.