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Siderurgia deixa de capengar, mas é pouco

O Instituto Aço Brasil informou nesta quinta (1º) que a produção total de aço bruto este ano deverá ser de 30.498 milhões de toneladas, volume 6,4% menor do que o registrado em 2019. Estima-se ainda que o período seja encerrado com queda de 3,1% em vendas internas, atingindo 18.223 milhões de toneladas.

Os volumes de exportações e importações também foram revisados para 1,44 milhão de toneladas (US$ 5.580 milhões) e 1.819 milhões de toneladas (US$ 1.943 milhões). Embora a avaliação tenha melhorado desde a última projeção feita pelo instituto, em julho, ambos os índices continuam apresentando perspectiva considerável de queda, em relação a 2019, de 10,7% e 23,1%, respectivamente. Assim, o consumo aparente deve ser de 19.998 milhões de toneladas, perfazendo uma redução de 4,7%.

Em entrevista coletiva, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, reconheceu a possibilidade de haver alta no preço dose produtos. Costa disse que isso se explica pelo encolhimento de estoques, adotado como “estratégia de sobrevivência”, e que se trata de uma condição para que o setor possa se recuperar.

“Tínhamos começado bem o ano. Fomos pegos de surpresa, como o mundo inteiro, com uma pandemia, e a primeira reação foi [a de termos] a tempestade perfeita. Tanto é que o setor de aço previu uma queda de 20%”, disse o secretário, em visita à usina da Gerdau, em Araçariguama, região metropolitana de Sorocaba, no estado de São Paulo.

“Nosso varejo, nosso atacado, nossos distribuidores emagreceram, esvaziaram os estoques. Até os estoques preencherem-se novamente, vamos, infelizmente, ter, em algumas localidades, escassez de alguns produtos e preços mais altos, principalmente na ponta. São as dores da retomada”, acrescentou.

Segundo o Instituto Aço Brasil, a crise sanitária baixou para 45% o nível de operações do setor, que atualmente funciona com 63% de sua capacidade, a mesma de janeiro deste ano. Para 2021, a expectativa é de que chegue a 75%.

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