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Silvana Pampanini, diva amada do cinema, morre em Roma aos 90

Luiz Carlos Merten

Em 1953, no auge da popularidade, Silvana Pampanini, acompanhada por Vittorio De Sica, fez uma escala em Congonhas do voo Roma/Buenos Aires e a multidão invadiu o aeroporto. Dois anos mais tarde, em outra escala, no Rio, houve até quebra-quebra quando ela se dirigia para Montevidéu. La Pampanini, como era chamada, foi uma diva do cinema italiano no fim dos anos 1940 e durante os 50.

Ela morreu nesta quarta, 6, em Roma, aos 90 anos. Nasceu em setembro de 1925 e começou cantando no coro da igreja. Em 1947, aos 22 anos, foi Miss Roma e chegou em segundo lugar no concurso de Miss Itália. O público, indignado, vaiou tanto que o júri voltou atrás e dividiu a coroa. A beleza abriu-lhe as portas do cinema e filmou com Mario Soldat (OK Nero), Pietro Germi (A Presidenta), Luigi Zampa (Cidade da Perdição) e Giuseppe De Santis (Coração de Mulher) .

Parodiou-se a si mesma em O Caradura, de Dino Risi, em 1964. Por essa época, seu mito já fora superado pelos de Gina Lollobrigida, Sophia Loren e Claudia Cardinale. Diretora de um elogiado documentário sobre Giuseppe Verdi, escreveu sua autobiografia em 1996. E não deixou por menos, criando um diálogo imaginário com Jac ques Prévert e Pablo Neruda, que a chamam de genial.

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