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Sim, diz Câmara, por 367 votos contra 137. E ‘boquinha’ do PT vai chegando ao fim…

Marta Nobre

A Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff. O voto contra o governo, de número 342, foi dado às 23h04. A votação continuou, e às 23h44 o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou os números finais: 367 votos a favor do impeachment, 137 contra, 7 abstenções e duas ausências.

A ação segue agora para o Senado Federal, a quem caberá a palavra final. No caso de os senadores aceitarem processar a presidente da República, ela é automaticamente afastada do cargo por 180 dias, embora continue morando no Palácio do Alvorada. Enquanto isso, assume o vice Michel Temer.

A vitória expressiva atordoou o Palácio do Planalto, que esperava muitas ausências e abstenções. Mas o que se viu foi um verdadeiro rolo compressor, com parlamentares de partidos da base aliada dizendo sim. Houve quem fosse irônico, dizendo frases de efeito, do tipo “Sim. Boquinha do PT chegou ao fim e “Tchau, querida”, numa referência a Dilma.

Nas horas que antecederam a votação, os governistas ingressaram com ações no Supremo Tribunal Federal, tentando suspender a votação. O ministro Marco Aurélio Mello, porém, barrou ao menos três questionamentos. Ele também rejeitou um pedido do PDT que tentava fazer o processo voltar à estaca zero e um habeas corpus proposto por um cidadão a favor da presidente.

Após o julgamento da última quinta-feira, quando o plenário do STF rejeitou cinco pedidos de parlamentares governistas e da própria Advocacia-Geral da União, os ministros do STF rejeitaram monocraticamente todas as solicitações que tentavam suspender o processo de impeachment.

Apesar de o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, ter afirmado que a Corte “não fecha as portas” para outras análises sobre o tema, os ministros deram indicativo de que não pretendem interferir no processo político sobre o afastamento de Dilma.

Matéria alterada às 23h46 para acréscimo de informações.

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