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Simonsen, o dragão que entendia de economia e que se passava por Tarzan

José Escarlate

No mesmo ritmo com que bebia café – a dosagem diária de cafeína chegava a 20 xícaras -, o ministro Mario Henrique Simonsen consumia seus inseparáveis cigarros. Eram cerca de quatro maços por dia. Fumava tanto que ganhou o apelido de Dragão.

Mas era alegre, no circulo dos seus muitos amigos. Final de semana seu refúgio era Teresópolis, onde tinha uma bela casa e recebia para longos bate-papos, que se estendiam até alta madrugada.

O uísque calibrava a turma e o papo, disfarçando o frio. Além disso, gostava de curtir uma casinha que mandou erguer no alto de uma árvore, onde tirava onda de Tarzan. Gostava de cantar e volta e meia atacava de tenor e baixo, beirando o barítono. Sempre dava uma canja.

Simonsen lembrava a história de um grupo de ópera ambulante que se apresentava em colônias italianas. “Ao final, o cantor ganhava enorme vaia” – dizia. E a turma aplaudia o seu Dragão, com humor.

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