O chefe da agência da Organização das Nações Unidas para Assuntos Humanitários disse nessa segunda-feira (30) que os 10 casos de covid-19 na Síria, bem como a morte provocada pela pandemia, são apenas “o topo do iceberg”.
Em declaração aos membros do Conselho de Segurança, Mark Lowcock alertou para “um impacto devastador” sobre as comunidades vulneráveis.
“Todos os esforços para prevenir, detectar e responder à covid-19 são impedidos pelo frágil sistema de saúde sírio”. Lowcock acrescentou que apenas metade dos hospitais e centros de cuidados primários estava funcionando plenamente no fim de 2019.
Aqueles esforços são também prejudicados, observou, pelos elevados movimentos de população, pelo desafio que é obter fornecimentos críticos, como ventiladores e equipamentos de proteção, e pela dificuldade de isolamento em campos de refugiados e deslocados superpovoados e com “baixos níveis de serviços sanitários”.
Ele lembrou que mais da metade da população, de 18 milhões de pessoas, foram forçadas a sair de suas casas. Mais de 11 milhões de pessoas, incluindo cerca de 5 milhões de crianças, precisam de assistência humanitária, cerca de 8 milhões não têm acesso garantido a comida, mais 20% do que em 2019, e 500 mil crianças sofrem de má alimentação crônica.