O candidato derrotado da oposição, Edmundo González Urutia, rendeu-se às evidências dos fatos e desmascarou o teatro golpista do absurdo, armado pela deputada oposicionista inelegível Maria Corina Machado, ao declarar que reconhece a vitória do presidente Nicolás Maduro, proclamada pela justiça eleitoral da Venezuela, na divulgação dos resultados da eleição presidencial de 28 de julho de 2024.
Ficou desmontada a farsa armada pelos oposicionistas venezuelanos comandados por políticos golpistas, aliados a terroristas cibernéticos, que armaram o cenário da denúncia de fraude, para justificar tentativas de golpes para as quais concorreram o governo do presidente Biden, envolvendo toda a direita e ultradireita latino-americana, igualmente, golpista, no esforço de vender gato por lebre aos povos do continente, para justificar derrubada de governo constitucional.
O reconhecimento de González Urutia, que negou atender todas as demandas da justiça eleitoral venezuelanas, de que Maduro é o legítimo eleito corresponde à denúncia de que estava participando do golpe armado pela oposição derrotada, apoiada pela Casa Branca, no qual se engajaram, em uníssono, os governos argentino, chileno, peruano, equatoriano, uruguaio, hondurenho, salvadorenho, excluindo, os governos brasileiro, mexicano e colombiano, que, no entanto, ficam, também, desmoralizados por não terem aceitado, de pronto, o resultado das urnas.
Terão de fazê-lo, já, para não se desmoralizarem perante seus povos.
México, Brasil e Colômbia ficaram em cima do muro, a exigir atas de votação à justiça eleitoral, dando crédito às atas falsas apresentadas pela oposição, colocando o Conselho Nacional Eleitoral(CNE) sob suspeição, agora, removida pelo próprio candidato oposicionista derrotado.
Da Espanha, para onde se exilou, declara que considera honrada a justiça eleitoral da Venezuela, afastando qualquer desconfiança de que ela teria dado o golpe na população, como destacaram a oposição e toda a mídia conservadora latino-americana, monitorada por Washington.
As declarações de González caem como uma bomba no cenário político da América Latina pois elas são a confirmação da justeza da vitória de Maduro e da seriedade das instituições constitucionais da Venezuela, que dão firmeza e credibilidade ao conceito de nacionalidade do poder chavista bolivariano, há 25 anos no poder, ameaçado de ataques e sanções econômicas impostas pelo império americano, para tentar destruir a democracia venezuelana e seu sistema eleitoral conceituado internacionalmente.
O governo Lula, nesse contexto, precisa, com urgência, fazer mea culpa pelo comportamento equivocado que adotou, se quiser preservar os ditames constitucionais da Carta de 1988, cujo preâmbulo representa engajamento nacional no esforço de sustentar a independência e a integração latino-americana.
O presidente Lula, no contexto histórico recente da disputa eleitoral na Venezuela, foi levado a cometer equívoco diplomático capital pelo Ministério das Relações Exteriores, razão pela qual devem ser afastados o titular do Itamaraty, Mauro Vieira, e o assessor especial Celso Amorim.
O conceito do Itamaraty está completamente manchado diante dos venezuelanos, depois do episódio diplomático desastroso.
Ambos – Amorim e Vieira – trabalharam mal ao se renderem às pressões da Casa Branca para que o presidente Lula não fosse decididamente assertivo no reconhecimento à vitória incontestável de Nicolás Maduro.
Contribuíram para abalar as relações entre os dois países, na medida que, subjugados por Washington, lançaram sementes da discórdia nas relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela, tradicionalmente, concertados no entendimento consistente de respeito à interdependência e autodeterminação dos povos.