Incertezas
Situação financeira melhora, mas consumidor segura a carteira
Publicado
emDaniela Amorim
A confiança do consumidor recuou 1,1 ponto em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta sexta-feira, 25, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 80,9 pontos. Após a terceira queda consecutiva, o indicador atingiu o menor nível desde janeiro, quando estava em 79,3 pontos.
“Apesar de uma melhora na avaliação da situação financeira familiar presente, possivelmente relacionada com a desaceleração nos preços de alimentos, o consumidor continua com prognóstico pessimista em relação aos próximos meses, principalmente no que concerne à evolução da economia. Ainda há incerteza em relação ao futuro e por isso muita cautela nos gastos com compras a prazo, em um ambiente que o comprometimento de renda e o desemprego são ainda elevados”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,0 ponto, ao passar de 69,7 para 70,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,5 pontos, para 88,9 pontos, o menor nível desde janeiro.
A melhora na percepção sobre as finanças familiares no momento presente exerceu a maior contribuição para a alta do ISA. O indicador de situação financeira atual das famílias subiu 2,4 pontos, para 65,4 pontos. Por outro lado, houve maior pessimismo para os próximos seis meses. O indicador de situação financeira futura da família teve queda de 4,6 pontos, para 86,9 pontos.
A Sondagem do Consumidor coletou informações de mais de dois mil domicílios em sete capitais brasileiras, com entrevistas realizadas entre os dias 1º e 22 de agosto.