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Os democratas

Só dá Lula (nas pesquisas) mas na eleição pode dar DEM, diz Maia

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Marcelo Osakabe

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, reiterou nesta terça-feira, 6, a disposição de seu partido de construir uma candidatura presidencial e afirmou que as pesquisas mostram que a corrida ao Planalto está aberta, sem nomes consolidados além do ex-presidente Lula.

“O Democratas tem condições de construir uma candidatura majoritária, (e) o cenário político brasileiro hoje está muito aberto. Tirando o ex-presidente Lula, não tem nenhuma candidatura hoje consolidada”, afirmou o deputado fluminense, que concedeu entrevista coletiva na sede da Prefeitura da capital paulista, ao lado do prefeito João Doria (PSDB), que o recebeu nesta tarde. Mais cedo, Maia esteve também com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para “discutir o cenário político”, segundo o presidente da Câmara.

Questionado sobre as chances de o chamado centro do espectro político construir uma candidatura unificada nas eleições presidenciais desse ano, como vinham pregando lideranças políticas nos últimos meses, Maia foi indireto. “Se você olhar as pesquisas, o indicador que precisa ser avaliado nesse momento é a rejeição. E, nesse campo, tirando o Lula, não há ninguém consolidado num patamar que agregue forças. (Então) qualquer um, se tiver apoio e vontade, tem condição de construir uma candidatura presidencial”, avaliou.

Maia disse ainda que “todo mundo gostaria de ser presidente”, mas repetiu que o seu partido irá avaliar, em março, se isso será uma “aventura ou risco”. Sobre o governador Geraldo Alckmin, principal presidenciável tucano, o deputado voltou a dizer: “eu olho pesquisa. Não tem ninguém hoje favorito para chegar ao segundo turno. E não é que o governador Geraldo não possa construir (sua candidatura), mas é ele quem precisa fazer isso”.

Ao lado de Doria, possível candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes, o democrata afirmou ainda que não vai sacrificar o arranjo político do DEM nos Estados em função da candidatura ao Planalto. “Nos Estados, temos que reafirmar nossas relações. Aqui em São Paulo, temos uma aliança com o PSDB na Prefeitura e no Estado. Não vamos fazer nenhuma intervenção nos diretórios e a decisão tomada pelo nosso diretório aqui será respeitada. Ninguém vai consolidar um projeto nacional querendo enquadrar os projetos estaduais”, declarou.

Maia se reuniu com Doria nesta tarde na sede da prefeitura de São Paulo para conhecer a proposta de reforma da Previdência municipal que o prefeito quer implantar. O texto já foi encaminhado à Câmara de Vereadores e propõe, entre outros pontos, o aumento da contribuição de servidores e a criação de um fundo complementar.

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