É comum asteroides passarem tão próximos da Terra, que astrônomos aproveitam a oportunidade par estudá-los. Mas, quando o astro é descoberto já na nossa vizinhança, a apreensão toma conta de todo mundo. Foi o que aconteceu na semana passada, quando uma enorme rocha espacial registrada com o nome 2019 Ok passou assobiando e por pouco não foi atraída por nosso campo magnético.
Surpresas desagradáveis assim, afirmam os cientistas, deixam todos tontos. No caso do 2019 Ok, embora não tenha caído, seu poder de destruição seria de consequências imprevisíveis. Esse novo astro serviu para lembrar o meteoro de Tunguska, que caiu em 1908, e o meteoro de Chelyabinsk de 2013. Ninguém morreu, mas seus efeitos foram sentidos bem além da explosão atmosférica.
O certo é que na quarta-feira, 24, um grande asteroide se esgueirou aqui por perto, e os astrônomos quase não tinham consciência disso. Esse corpo celeste considerável, medindo de 57 a 130 metros de largura, passou a uma distância de cerca de 73.000 quilômetros da Terra. Foi um fato ‘desconfortável, pois nenhum telescópio havia antes observado sua rota’.
Mais importante ainda, não era um que os astrônomos estivessem rastreando, embora informações anteriormente tivessem surgido de que alguns asteroides passariam relativamente perto de nosso planeta. Se o 2019 Ok tivesse realmente colidido com a superfície da Terra, o acidente teria consequências devastadoras de longo alcance, disse Michael Brown, professor associado de astronomia na Universidade Monash, na Austrália.
“A falta de aviso mostra a rapidez com que os asteroides potencialmente perigosos podem nos surpreender”, revelou Brown. Enquanto o asteroide “não é uma ameaça para a Terra agora”, outros asteroides próximos à Terra desse tipo poderiam ser”, advertiu. E lembrou, em seguida, que o 2019 Ok pode ter sido apenas um aviso.