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Socorro! Querem fundar (na ficção) um país independente na Amazônia

Foto/Divulgação

Nada mais fugidio e elusivo do que um “momento milagroso” ao longo de uma vida pacata – aquele momento que define a grandiosidade de uma história. Não raro, esse instante se apresenta sem prévio aviso. Com frequência, sequer é percebido por quem o presenciou.

Segunda metade do século XXI, numa fictícia e fatídica cidade no Amazonas, uma jovem ribeirinha de nome quase profético, Antônia dos Anjos, tem um poder à altura do seu nome: o poder de comunicar-se com Deus.

Esse pedaço de história ficou gravado em uma página de livro com ares futurísticos – A Lucidez da Lenda: um ensaio sobre o futuro (Pandorga, 407 pp, R$ 39,90), do escritor e diplomata Raul de Taunay.

É apenas uma jovem com uma missão dada por Deus nada simplória. O objetivo dado a Antônia dos Anjos é impedir que a Amazônia seja dominada pela Federação das Corporações Unidas – associação multinacional que pretende desacreditar o governo brasileiro perante a comunidade internacional. A meta é que a opinião pública apoie uma invasão dos exércitos da FCU e a criação de um estado ‘soberano’, ‘livre’ e ‘democrático’, gerido pela entidade, no coração da Amazônia Legal.

No enredo, qualquer semelhança com o que acontece hoje em áreas de conflito no planeta não é mera coincidência. Trata-se de uma ficção visionária à sombra de H.G. Wells, com certo sabor de Bergmann e um acervo narrativo em que o fantástico e o poético se misturam.

Na obra o leitor encontra personagens apaixonantes, belas descrições da mata virgem do Alto Amazonas e a criatividade do autor ao apresentar máquinas do futuro – robôs deletadores, helijatos e foguetes propulsores individuais. Uma mistura capaz de transformar “A Lucidez da Lenda” em um romance cativante e quase profético.

O autor
Raul de Taunay é diplomata e escritor, autor de romances, livros de poesia, ensaios, artigos e análises do cenário internacional. Suas principais obras são: “Meu Brasil Angolano” (romance, editoras Record e Prefácio, de Lisboa); “Urbe Extrema, versos brasilienses” (poesias, Editora 7 Letras); “O Andarilho de Malabo”, livros geminados (poesias e crônicas, Editora 7 Letras); “Poemas ao Desabrigo” (poesias, Editora 7 Letras). O plenário da Academia Brasileira de Letras outorgou-lhe em dezembro de 2005, por unanimidade, a Medalha João Ribeiro.

Lançamento
o Livro será lançado em Brasília na quinta-feira, 26, com tarde/noite de autógrafos na Biblioteca Nacional – Esplanada dos Ministérios, a partir das 18 horas.

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