Os Estados Unidos começaram a retirar equipamentos militares da Síria, mas não as tropas, como parte do processo de saída do país anunciada pelo presidente Donald Trump em dezembro, afirmou uma autoridade do Pentágono nesta sexta-feira, 11. “Não estamos retirando as tropas nesse estágio”, afirmou o funcionário sob anonimato, esclarecendo informações divulgadas na região.
Um porta-voz da coalizão liderada pelos EUA havia anunciado mais cedo “o processo de retirada da Síria”.
Questionado sobre a partida na quinta-feira de cerca de 150 soldados americanos da base militar de Rmeilan, na Província de Hassake, mencionada pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, a fonte do Pentágono indicou que se tratou de simples movimentos de tropas.
“As tropas entram e saem da Síria” regularmente, disse. “Até o momento, nenhum soldado se retirou” do país, apenas material essencial.
No dia 19, Trump anunciou a retirada de 2 mil soldados americanos da Síria, alegando que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) havia sido derrotado, embora continue a controlar uma pequena área no leste do país.
Sua decisão de retirar as tropas, aparentemente, foi tomada depois de uma conversa com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que lhe pediu que deixasse o país em um mês. Há rumores de que os turcos pretendem invadir a Síria para combater milícias curdas que vivem no país.
A decisão provocou a demissão do chefe do Pentágono, Jim Mattis, e do enviado para a Síria Brett McGurk.
A chancelaria da Rússia, que entrou no conflito para proteger seu aliado, o presidente sírio Bashar Assad, reagiram com cautela ao anúncio da retirada. “Parece que os Estados Unidos estão procurando uma razão para ficar”, disse a porta-voz russa Maria Zakharova