A sonda europeia Rosetta já está na órbita de um cometa, depois de ter passado quase uma década no seu encalço.
A nave se aproximou do 67P/Churyumov-Gerasimenko para investigar a estrutura e composição do astro.
Uma das teorias sobre o início da vida na Terra postula que os primeiros ingredientes da chamada “sopa orgânica” vieram de um cometa.
Os 11 instrumentos da Rosetta devem observar o cometa por mais de um ano, buscando indícios da presença de água, carbono e outros elementos fundamentais para a vida.
Se tudo correr bem, até novembro, cientistas esperam ter escolhido um ponto de pouso para enviar a nave Philae à superfície do cometa.
Até hoje, cientistas foram capazes de fazer sondas cruzarem o caminho de cometas, possibilitando apenas observações fugazes.
As dificuldades técnicas de primeiramente por a Rosetta em órbita ao redor do 67P são consideráveis.
O cometa viaja a 55 mil km/h. Para entrar na sua órbita, a nave precisa estar em frente ao astro a uma velocidade diferente apenas 3,6 km/h menor, permitindo a aproximação até ficarem lado a lado.
O feito é inédito e dificultado pelo fato de os sinais de rádio enviados da Terra para comandar a sonda levarem mais de 22 minutos para serem recebidos.
“Temos que dar pequenos passos para nos aproximar, porque não sabemos exatamente como o cometa estará se comportando nem como a nave vai se comportar ao seu redor”, afirmou Matt Taylor, um dos cientistas do projeto.
Ele diz que o comando da missão tem uma ideia “grosseira” de como voar ao redor do cometa, mas que só vão saber realmente quando se aproximarem de fato.