No próximo ano completaremos dois centenários de nossa pseudo independência : o 7 de setembro. Antes disto, no sec. XVII, os inconfidentes mineiros, tentaram uma independência verdadeira. Os que não foram mortos foram degredados. O sonho foi sufocado.
Depois disto, somente no início do sec. XX, o nosso maior e único estadista, Getúlio Dornelles Vargas, trouxe de volta o sonho.
riou todas as bases para o desenvolvimento soberano da nação. Leis trabalhistas, autarquias para levantamento de dados e estudos e empresas estatais fundamentais para promover o desenvolvimento econômico, dentro de um modelo genuinamente brasileiro de “solidariedade cristã”, que não existe similar em nenhum lugar deste planeta.
Getúlio sonhou, lutou e se matou por isto. Acreditava que com seu sacrifício os “abutres” seriam derrotados e a liberdade nacional finalmente conquistada. Mas infelizmente, para o povo brasileiro, tudo foi muito efêmero.
Sua carta testamento, que deveria, nos dias de hoje , ser tema obrigatório nas redações do Enem, foi afastada de nossos estudantes. Trancafiada. Praticamente proibida. Recordada apenas por maiores de 70 anos, como eu.
Mas o legado de Getúlio fez com que de 1940 a 1980 o Brasil tenha sido o de maior crescimento industrial no mundo. Em 1980, a indústria brasileira produzia mais do que as industrias chinesas e coreanas juntas. Este crescimento vertiginoso foi provocado principalmente pela atuação de nossas empresas estatais, apesar de todos os seus defeitos.
O restante do mundo sempre quis e continua querendo, ter o Brasil como fornecedor de alimentos e matérias-primas baratos para eles se desenvolverem. Isto jamais poderia ser utilizado para o desenvolvimento do próprio Brasil.
Foi então lançada forte campanha de desmoralização de nossas estatais, classificadas como paquidermes e fonte de corrupção. Somente privatizando o país se modernizaria.
E vieram as privatizações. As empresas que promoviam o desenvolvimento e o pleno emprego, foram vendidas para oportunistas e espertalhões, banqueiros brasileiros, que pagaram com moedas podres, compradas a 20% do valor de face.
Os banqueiros logo depois vendiam estas empresas para investidores estrangeiros, que tinham interesse em explorar o mercado brasileiro. Os banqueiros engordaram seus caixas em US$ bilhões.
Com isto veio a decadência de nossa indústria, nossa engenharia e nossos centros de pesquisa. Mas restava uma empresa: a Petrobrás. O povo brasileiro não se convencia de que se tratava de um “paquiderme”
A Petrobrás descobriu o pré-sal (2006) e o sonho de que o Brasil poderia se desenvolver soberanamente voltou.
Foram feitos enormes investimentos. A Petrobrás se transformaria numa das maiores petroleiras do mundo. Sua geração operacional de caixa alcançaria níveis de US$ 50/60 bilhões/ano. Isto possibilitaria investimentos superiores a US$ 1 trilhão. Crescimento industrial, geração de emprego e renda, pesquisa engenharia etc.
Os “abutres” sabiam que este processo precisava ser estancado. No final de 2014 foi iniciada a campanha de desmoralização da companhia. “Corrupção absurda”. “Nunca vista no mundo”
Mas o povo brasileiro relutava em abandonar sua fé na empresa. Foi então lançada a “mãe das mentiras”. Sem mostrar um número sequer afirmavam que a empresa estava quebrada. Tinha uma dívida impagável. Isto foi a gota d’agua para o povo brasileiro, que passou a olhar a empresa com desprezo.
O Partido dos Trabalhadores – PT, que administrava a companhia com o Sr. Bendine, mesmo tendo todos os números para demonstrar o contrário, não moveu uma palha.
Isto tudo pode ser visto em detalhes no livro “A segunda privataria”, “Como o Partido dos Trabalhadores -PT iniciou a destruição da Petrobrás”. Editora Altadena, vendido por R$ 35,00, com frete incluso para todo o Brasil.
Nos últimos anos as administrações da Petrobrás (diretoria e conselho) foram sendo estruturadas para destruir nosso último sonho.
Não vai demorar muito e a Royal Dutch Shell vai assumir o lugar da Petrobrás no controle dos combustíveis do país. Adeus esperança. Adeus futuro
O epilogo da historia do sonho brasileiro chegou