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Spa, cisterna e selfies se destacam como espaços alternativos

Foto: Zeca Wittner/EstadãoConteúdo

Existem ambientes na Casacor que escapam a definições. Ainda assim, mesmo não se enquadrando em nenhuma configuração clássica de espaço doméstico, eles estão cheios de boas ideias, e merecem um olhar mais atento. Como no caso do charmoso Spa da Mata, criação das arquitetas Andrea Teixeira e Fernanda Negrelli que tem como inspiração o clima sofisticado da marca italiana Armani, com seus tons sóbrios e referências clássicas. “Tomamos os painéis chineses desenvolvidos por eles como autênticas obras de arte”, diz Fernanda.

Presos ao teto, dois balanços fazem companhia às obras, quebrando um pouco a rigidez das pedras do piso e da lareira. “Gostamos de trabalhar com elementos suspensos. Eles alongam o pé-direito e imprimem imponência ao projeto”, complementa Fernanda.

Partindo de um contêiner, o arquiteto Luciano Dalla Marta fez do projeto de iluminação o ponto forte de sua galeria de arte, ao contrário do Coworking, espaço destinado a trabalho coletivo, onde a luz natural reina soberana, atravessando os painéis de vidros instalados na sua cúpula de ferro, em projeto de Fernando Brandão e Camila Bevilacqua. Além dele, a galeria Anamórfica, de José Luiz Favaro, foi um dos ambientes mais fotografados do ano, graças à expressividade de seus grafites que estimularam numerosas selfies dos visitantes.

Capítulo à parte por sua grandiosidade, a Cisterna, assinado por Osvaldo Tenório, para a Deca, tem como tema central a questão da água, que na antiguidade precisava ser armazenada e que, transposta para os dias de hoje, remete à questão de seu uso consciente. “Eu poderia ter focado na arquitetura, nos interiores, mas preferi ir além e trazer um pouco de história para o universo da decoração”, conta o arquiteto.

Localizada entre dois ambientes: o Hall da Cascata e a sala de banho desenhada para atender a um casal, a Cisterna apresenta peças de mobiliário e uma nova linha de louças desenhados por Tenório. Externamente, os dois espaços são unidos por rampas externas metálicas que proporcionam ao visitante uma visão geral do jardim anexo.

“Na minha primeira visita ao jóquei, olhei para esse lugar e não tive dúvida de que ergueria ali o meu projeto”, afirma o profissional que diz ter tido esta sensação mesmo antes de ter visto o ambiente, de menores dimensões, originalmente destinado a ele. “Quando eu parei em frente àquelas colunas, me lembrei imediatamente das cisternas de Istambul, senti um arrepio, e para mim, isso foi como um aviso de ‘vai em frente’”, finaliza.

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