Não é de hoje que o desenrolar das eleições para a Mesa Diretora da Câmara Legislativa obedece a um script digno de um thriller de suspense. Até o último instante, não se sabe quem é o mocinho ou quem é o bandido. Os coadjuvantes teimam em tentar o estrelato. Mal sabem eles, porém, que só lhes são reservados o espaço destinado aos figurantes.
No final das contas só se fala em cachê na forma de promessas de escalação para o casting de uma boa comissão permanente e outras coisinhas mais que só são tratadas no quarto secreto que causaria espanto até mesmo a atriz e falastrona de plantão, Maria Zilda. Nem Hitchcok conseguiria dirigir um filme desses. Também, com um elenco indisciplinado e cheio de manhas, fica difícil.
No melhor estilo Games of Thrones na trama eleitoral da CLDF, irmão trai irmão, os inimigos se unem para depois se matarem, as virgens perdem o que um dia se chamou de honra e o reino continua decrépito.
Do alto do Supremo Tribunal Federal foi solto o dragão que incinerou as chances de que Maia e Alcolumbre continuassem a comandar a Câmara Federal e o Senado. Agora o bicho com fogo nas ventas já voa na rota da Casa do legislativo brasiliense, com a fúria suficientemente legalista para queimar às pretensões de um suposto segundo reinado de Rafael Prudente.
Resta ao eleitor da capital da República assistir sos próximos capítulos, para conhecer o destino do filho probo do pai das meias de ouro. Resistirá ele ao fogo do dragão? Seu reinado sucumbirá? Quem serão os grandes traidores?
Por Zap, chega uma mensagem urgente, sem reservas: Alô, alô produção! Novatos, Nova e Vigilantes se juntarão ao núcleo cênico dos atos secretos de Maia, que serão gravados em externa na cidade de Santa Maria?, diz o texto.
Tudo pode até parecer um enredo de um filme sofisticado. Contudo, com a quantidade de personagens burlescos, está mais para uma ópera bufa.