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Locomotiva de fake news

Sucessão na OAB pega fogo e provoca disparo de textos apócrifos

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva - Foto de Arquivo

Lá vem a Sucursal Nordeste pautar de novo a sede de Notibras em Brasília. Trata-se de um novo incêndio, embora desta vez não seja em apartamento. Na realidade é um fogaréu que estão criando no momento em que os advogados estão se preparando para eleger o sucessor de Délio Lins e Silva Jr no comando da OAB na capital da República.

Aqui de plantão, neste sábado friorento da cidade, li um texto sobre prerrogativas e ouvi algumas fontes do meio jurídico sobre o suposto autor. Ninguém assume a responsabilidade. São linhas apócrifas. Tudo leva a crer que venha a ser a locomotiva que vai puxar os vagões carregados de fake news até que candidaturas sejam oficializadas e as urnas abertas.

O assunto diz mais respeito a advogados. Não há no meio jurídico nenhum profissional incauto. Mas vale, mesmo assim, reproduzi-lo na forma original que chegou ao nosso conhecimento. Reitero, porém, com ênfase: como ninguém assume a responsabilidade, trata-se, até prova em contrário, de uma mentira deslavada.

Leia a versão que está circulando 👇🏿:

(…) o presidente da OAB Nacional subiu ao púlpito da OAB DF para discursar sobre as prerrogativas da advocacia, em um momento que deveria ser de reafirmação e fortalecimento dos direitos dos advogados. Contudo, a presença de uma advogada na plateia, carregando uma tornozeleira eletrônica em razão de uma decisão claramente absurda e inconstitucional de um ministro da Suprema Corte, trouxe à tona um cenário de profundo desrespeito e violação dos direitos da classe.

A decisão judicial que impôs tal restrição à advogada não apenas afronta os direitos individuais de uma profissional do Direito, mas também representa um ataque direto às prerrogativas da advocacia, que deveriam ser salvaguardadas com veemência pela OAB. Esta situação lamentável expõe a inércia da atual gestão da Ordem, que tem se mostrado complacente diante dos abusos e desmandos do Judiciário.

É evidente que a advocacia brasileira se sente abandonada e sem representação efetiva. A cada dia, novos absurdos vêm ocorrendo, enquanto a OAB permanece inerte, sem mover uma palha para defender os advogados que, muitas vezes, encontram-se em situação de vulnerabilidade perante o sistema judicial.

A Ordem dos Advogados do Brasil, cuja missão é ser a primeira linha de defesa dos direitos dos advogados, precisa adotar uma postura firme e intransigente na proteção das prerrogativas da advocacia. Não se pode mais tolerar a passividade e as vistas grossas da atual gestão frente às constantes violações cometidas pelo Judiciário.

Os advogados de todo o país clamam por uma OAB atuante, que não se limite a discursos vazios, mas que efetivamente lute pelos direitos de seus membros. A atual omissão da Ordem é inadmissível e coloca em xeque a sua relevância como entidade representativa.

Em nome da justiça e da dignidade da profissão, é imperativo que a OAB reassuma seu papel constitucional de guardiã das prerrogativas da advocacia. A defesa dos advogados deve ser prioridade absoluta, e a Ordem deve agir com pulso firme contra qualquer forma de arbitrariedade.

A advocacia brasileira exige respostas e ações concretas. Não podemos aceitar a normalização do absurdo. A OAB precisa ser a voz ativa e potente que a nossa classe tanto necessita, garantindo que nenhum advogado seja submetido a humilhações e desrespeitos sem a devida resposta da entidade que os representa.

É hora de a OAB deixar de lado a complacência e agir com a firmeza que a situação demanda. A advocacia não se calará, e exige que a sua Ordem também não se cale. Por uma advocacia forte, respeitada e livre de arbitrariedades, erguemos nossa voz e cobramos a postura que nos é devida.

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