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Suíça rejeita bolsa família no voto. Todos devem trabalhar

Os suíços rejeitaram em plebiscito neste domingo (5) a proposta de conceder um salário mínimo básico de 2.250 euros mensais a todos os cidadãos do país, de acordo com os primeiros resultados do pleito divulgados por institutos de pesquisa.

Os dados da votação revelados até o momento apontam que 78% dos eleitores votaram “não” ao projeto que prometia garantir “uma vida digna e participação na vida pública aos que inclusive não exercem nenhuma atividade lucrativa”.

A iniciativa partiu de um grupo de cidadãos suíços independentes. Tanto o Parlamento quanto o governo suíço já haviam dito que não concordavam com a medida e alegaram que os cofres públicos não suportariam o rombo.

A proposta previa a concessão de 2.500 francos suíços (cerca de 2.250 euros) para adultos e de 625 francos suíços (560 euros) para jovens e crianças, independente de seu nível social, e de duração vitalícia. Apesar da derrota, os autores da proposta não se deram por vencido e afirmaram que a votação serviu para “conscientizar” sobre a necessidade de um novo contrato social entre governo e população.

Na teoria, a medida afirma que, sabendo que contam com uma renda básica mensal, as pessoas seriam livres para escolher suas profissões, trabalharem como voluntárias e até se dedicarem às suas famílias. A ideia surgiu inicialmente em 1516 pelo britânico Thomas More.

No Brasil, o ex-senador Eduardo Suplicy defendia a medida, em um projeto chamado “Renda Básica de Cidadania”. No referendo, os suíços também tiveram que se posicionar sobre outros temas, como serviços públicos e financiamento de transporte.

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