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Suplicy, trajetória vitoriosa de um petista que sai do cenário político

Em 31 de dezembro, completarei 24 anos como senador por São Paulo e pelo Partido dos Trabalhadores. Em virtude de minha atuação como deputado estadual (1979-83), deputado federal (1983-87) e, em especial, como vereador e presidente da Câmara Municipal de S. Paulo (1989-90) – onde coloquei em prática a máxima de que a transparência em tempo real é a melhor maneira de prevenir irregularidades -, o PT me indicou candidato ao Senado. Em difícil disputa, com 30% dos votos válidos do Estado, fui eleito o primeiro senador do PT, único até 1994.

Sempre foi meu propósito lutar pela garantia das instituições democráticas, pela máxima transparência na administração pública e pela criação dos instrumentos de política econômica que contribuam para a construção de um Brasil justo, solidário e civilizado, com igualdade de oportunidades para todos. Fui reeleito senador em 1998, com 43% dos votos, e em 2006, com 48% dos votos.

Procurei sempre estar atento às minhas responsabilidades de bem representar o povo. Como fiscalizador, com frequência tomei a iniciativa de requerer informações aos ministros e de convidá-los a dar explicações, especialmente nas Comissões de Assuntos Econômicos e de Relações Exteriores e Defesa Nacional, das quais sempre fui titular.

Fui o primeiro signatário de requerimento para a formação de CPI para examinar os atos de PC Farias, que resultou no impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992, e da CPI do Orçamento, que provocou o afastamento de vários parlamentares em 1993.

Em um único momento divergi das diretrizes da direção nacional do PT, quando assinei o requerimento da CPI dos Correios, em 2005. Posteriormente, todo o partido assinou.

Como legislador, estive atento ao debate e à formulação de sugestões para aprimorar os projetos de iniciativa do Executivo ou do Parlamento, e também na apresentação de projetos de lei, tais como:

Este último foi aprovado por consenso de todos os partidos pelo Congresso Nacional, e sancionado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 8 de janeiro de 2004.

Com apoio de todos os 81 senadores, sugeri à presidenta Dilma Rousseff que crie um grupo de trabalho para estudar as etapas da transição do Programa Bolsa Família até a Renda Básica de Cidadania.

Quando isso acontecer, significará um passo importante, pois proverá efetiva dignidade e liberdade real para todos. Onde eu estiver, continuarei a lutar por estes objetivos.

Eduardo Suplicy

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