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Murro na mesa

Supremo eleva o tom e rechaça ameaças

Publicado

Autor/Imagem:
Mário Camargo

O Supremo Tribunal Federal não se deixará intimidar por pressões, venham de onde vierem. Esse posicionamento foi manifestado neste domingo, 14, pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, e seu colega Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a propagação de fake news atacando não só o Judiciário, como também o Legislativo.

Toffoli reagiu às últimas ameaças por meio de nota em que repudiou o ataque de bolsonaristas ao prédio do STF, na noite de sábado. A Corte, advertiu o presidente do Supremo, “se socorrerá de todos os remédios” legais.

“Infelizmente o Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas”, disse Toffoli.

Embora sem citar nomes, o ministro mandou um recado ao Palácio do Planalto, enfatizando na n ota que “financiadas ilegalmente, essas atitudes têm sido reiteradas e estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa de diálogo que o Supremo Tribunal Federal tenta estabelecer com todos – Poderes, instituições e sociedade civil, em prol do progresso da nação brasileira.”

Ainda segundo o ministro, “o Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão. Guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal repudia tais condutas e se socorrerá de todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para sua defesa, de seus Ministros e da democracia brasileira.”

Por sua vez, em postagem nas redes sociais, Alexandre de Moraes sustentou que o STF “jamais se curvará ante agressões covardes de verdadeiras organizações criminosas financiadas por grupos antidemocráticos que desrespeitam a Constituição Federal, a Democracia e o Estado de Direito”. Em tom enérgico, o relator das fake news garantiu que “a lei será rigorosamente aplicada e a Justiça prevalecerá”.

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