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Supremo exige e Bolsonaro decide demitir Weintraub

O ministro da Educação Abraham Weintraub está deixando o cargo. A impressão que se passará para o público externo é que ele decidiu pedir exoneração para tratar de assuntos particulares. A saída e o substituto devem ser anunciados até o final de semana.

Internamente, porém, sabe-se que a cabeça de Weintraub foi pedida pelo Supremo, cujos ministros foram chamados pelo ainda titular do MEC de ‘vagabundos’ e que ‘deveriam  estar presos’.

A demissão é uma tentativa de pacificar os ânimos entre o Judiciário e o Palácio do Planalto. A queda de Weintraub foi decidida em reunião do ministro Alexandre de Moraes com o ministro da Defesa Fernando Azevedo.

A ala ideológica do governo tentou convencer Jair Bolsonaro a não ceder e manter o confronto. Mas os militares avaliam que no momento é melhor perder os anéis e ficar com os dedos, sob risco de a cabeça do presidente também ser cortada.

A exoneração foi definida no meio da noite desta quarta, 3, após o ministro Celso de Mello, relator da ação no STF, negar a Abraham Weintraub o direito de escolher dia, hora e lugar para prestar depoimento no inquérito em que é investigado por racismo.

Segundo o decano da Corte, Weintraub não pode ter esse privilégio porque é investigado, e não testemunha. Além da acusação de racismo (ele fez ataques aos chineses, usando personagens da Turma da Mônica), Abraham Weintraub também tem contra ele denúncias de calúnia e difamação.

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