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Supremo manda Bolsonaro depor no caso Moro

Bolsonaro não pode simplesmente passar por cima de um inquérito do Supremo e dizer que não vai depor.  Foi o que decidiu nesta segunda, 7, o ministro Alexandre de Moraes, sobre a ação que apura suposta ingerência do presidente na Polícia Federal, como denunciou o então ministro da Justiça Sérgio Moro. Caberá ao plenário da Corte decidir se Bolsonaro, investigado, estará frente a frente com os delegados federais ou se prestará depoimento por escrito. No fim de novembro a AGU comunicou ao STF que Bolsonaro decidiu não prestar o depoimento. Para Moraes, relator do caso, não cabe ao presidente sair à francesa. O entendimento do ministro é o de que a Constituição não permite o direito de recusa prévia e genérica de determinações legais a um investigado ou réu. Bolsonaro poderá, porém, usar sua prerrogativa de ficar em silêncio durante a oitiva, mas não comunicar desistência.

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