Marta Nobre, Edição
Gim Argello não vai sair da prisão tão cedo. Condenado na Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro, o ex-senador pelo PTB de Brasília teve negado um pedido de habeas corpus nesta quinta-feira, 24. A decisão foi do ministro Teori Zavascki, do STF, que manteve a prisão preventiva decretada em abril deste ano.
No pedido de habeas corpus, a defesa de Gim Argello alegava que a prisão havia sido decretada com base em “meras suposições, fundadas em simples conjecturas” e que Argello não tinha relação com o esquema criminoso investigado na operação Lava Jato. Na decisão, no entanto, Teori requisita informações da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba.
Ao formular o pedido de prisão preventiva de Gim Argello, a 13ª Vara de Curitiba afirmou que há “boa prova de autoria e materialidade em relação a crimes de concussão e de lavagem de dinheiro” e afirmou que havia “risco de reiteração delitiva pelos investigados, ainda que em crimes de outra espécie”, para justificar a medida restritiva.
Gim Argello foi condenado, em outubro, a 19 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por Sérgio Moro. Segundo a investigação, em 2014, o então senador integrava as duas CPIs da Petrobras e teria cobrado R$ 5 milhões de cada empreiteira do cartel da estatal para barrar a convocação de seus executivos.
Na decisão, Moro impôs a ele um confisco de R$ 7,35 milhões além de uma indenização no mesmo montante. O dinheiro, por ordem de Moro, será destinado ao caixa do Congresso.