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Supremo pode anular decreto de Bolsonaro e piorar clima político

Os ministros Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski, Luis Fux, Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes durante abertura do terceiro dia de julgamento sobre a validade da prisão em segunda instância no STF

A temperatura política subiu a ares do Saara na desértica Brasília que vive nesta sexta, 22, clima de feriadão e carnaval adiado. Nas últimas horas circularam informações de que o Supremo Tribunal Federal pode tornar sem efeito o decreto de Jair Bolsonaro, assinado na véspera, anulando a condenação imposta no dia anterior pela própria Corte ao deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ).

O presidente teria dito, em conversas reservadas, que ‘não há macho’ no STF capaz de contrariar uma decisão dele. Informações extraoficiais sugerem que a cúpula militar deu aval ao decreto do presidente.

O Supremo deve se debruçar, em sessão extraordinária virtual, sobre ação em caráter emergencial e liminar da Rede e outros partidos de oposição, pedindo que o ato de Bolsonaro, que livrou Daniel Silveira de 8 anos e 9 meses de prisão, além da perda de mandato, seja cancelado. O relator deve ser Alexandre de Moraes, o mesmo ministro que propôs – e foi atendido por seus pares – punição ao correligionário de Bolsonaro.

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