Pelo menos 17 estados dos EUA relataram casos de sarampo nos últimos dias, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Ao mesmo tempo, as autoridades de saúde em todo o mundo enfrentam surtos do vírus altamente contagioso. O aumento de casos foi atribuído à falta de vacinações por vários motivos, incluindo o fechamento de escolas durante a pandemia de Covid.
Os estados norte-americanos de Arizona, Califórnia, Flórida, Geórgia, Illinois, Indiana, Louisiana, Maryland, Michigan, Minnesota, Missouri, Nova Jersey, Nova York, Ohio, Pensilvânia, Virgínia e Washington contribuíram para o total de 58 casos.
Illinois relatou o maior número de casos de sarampo, com 12 infecções em Chicago. Destes, pelo menos 10 eram residentes num abrigo para migrantes. Mas alguns casos nos EUA não foram associados a viagens internacionais.
Dois casos suspeitos foram notificados na sexta-feira, elevando o total apenas para o ano de 2024 igual ou superior a todo o ano de 2023. Mas o número não atingiu o de 2019, durante o qual 1.274 casos individuais de sarampo foram confirmados em 31 estados – o maior número de casos notificados nos EUA desde 1992.
Faltando apenas um mês para as férias de primavera nos EUA, as autoridades de saúde estão pedindo aos americanos que verifiquem se estão em dia com suas vacinas contra o sarampo. O CDC também aconselhou aqueles que não foram vacinados a tomar a vacina pelo menos seis semanas antes de viajar.
Enquanto isso, recomenda-se que os bebês sejam vacinados contra o sarampo antes de viagens internacionais, a partir dos seis meses de idade.
O CDC lançou investigações sobre exposições ao sarampo até 20 de fevereiro na chegada de voos internacionais provenientes da Arábia Saudita, Egito e Turquia. Outros surtos deste ano também foram associados a viagens na Europa.
Em 2019, os casos em todo o mundo atingiram quase 900.000, e as mortes globais por sarampo aumentaram quase 50% desde 2016, matando cerca de 207.500 pessoas só em 2019, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O sarampo, que pode ser prevenido com vacinação, já foi uma infecção comum na infância causada por um vírus, de acordo com a Clínica Mayo. A doença também é chamada de rubéola, e pode ser grave e a maioria das vítimas fatais que causa ocorre em crianças.
Causa uma erupção na pele com manchas vermelhas que geralmente aparece primeiro no rosto e atrás das orelhas, antes de se espalhar por todo o corpo. Os sinais geralmente aparecem cerca de 10 a 14 dias após a exposição e incluem febre, tosse seca, coriza, dor de garganta, conjuntivite, manchas brancas com centros azulados dentro da boca ou bochecha.