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Emendas

Suspeito dá mais clareza nas denúncias de propina

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Zildenor Dourado

Em depoimento na reunião da CPI da Saúde, da Câmara Legislativa, nesta quinta-feira (6) o ex-coordenador de Contabilidade, Orçamento e Finanças do Fundo de Saúde do DF, Vanderlan Ribeiro, negou que tenha favorecido de forma ilícita empresas no pagamento de dívidas de diárias de UTIs, após a aprovação pela CLDF de emenda parlamentar de R$ 30 milhões.

Ele foi denunciado na CPI como um dos participantes do chamado “esquema da propina”, que está sendo investigado na Justiça, após a deflagração da Operação Drácon.

Ribeiro justificou a pressa em liberar o pagamento dos processos em razão da necessidade de garantir a não-interrupção dos servidos prestados pelos hospitais. “Sempre que os recursos eram liberados, a gente corria para preparar os processos a fim de permitir o pagamento o mais rápido possível. Mas quem autorizava o pagamento era o ordenador de despesas e o secretário de Fazenda”, ressaltou o ex-servidor.

O depoente garantiu que os concursados de sua equipe seguiam um cronograma para liberação dos processos, que garantia isonomia de tratamento. O ex-coordenador do Fundo de Saúde considerou as denúncias feitas contra ele, por Marcos Júnior, ex-subsecretário de Infraestrutura e Logística da Secretaria de Saúde, como uma “série de leviandades”, que deveriam ser explicadas por aquele depoente.

O deputado Wasny de Roure (PT) demonstrou insatisfação com as explicações de Ribeiro sobre a rapidez do pagamento dos recursos de exercício anterior feito em janeiro, logo após a aprovação da emenda parlamentar que destinava os recursos de cerca de R$ 30 milhões e que possibilitaram o pagamento de dívidas relativas aos serviços de UTI de hospitais privados, como do Hospital Santa Marta.

Ribeiro disse ainda na CPI que sua indicação para o cargo foi feita pelo ex-diretor do Fundo de Saúde, Ricardo Cardoso, enfatizando que o critério foi técnico, como economista experiente que estava trabalhando antes da Universidade de Brasília. “Aceitei um desafio”, comentou. Ele negou ao relator da CPI, deputado Lira (PHS), que tenha praticado qualquer irregularidade na gestão financeira do Fundo de Saúde. “Nosso trabalho foi marcado por dar fluidez e transparência no pagamento dos recursos”, defendeu-se.

O depoimento do defensor público André Moura, que atuou na Operação Drácon, que estava marcado para esta quinta-feira (6), acabou sendo adiado a pedido dele, por problemas de agenda. A CPI vai anunciar em breve a nova data do depoimento de Moura.

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