O advogado Rodrigo Tacla Duran, delator na Lava Jato e hoje residindo na Espanha, ganhou salvo conduto da justiça brasileira para depor na 13ª Vara Federal de Curitiba. Ele associou o ex-juiz Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol a casos de suposta propina nas investigações que levaram o agora presidente Lula à prisão. Em outubro último, Moro foi eleito senador, e Dallagnol, deputado federal.
Tacla Duran, que prestou depoimento virtual no mês passado, vai estar presencialmente com o juiz Eduardo Appio na quinta-feira, 15, às três horas da tarde. Ele desembarca no Brasil no dia anterior. Ao advogado foi concedido o direito de circular livremente no Brasil por até duas semanas, sem que seja preso sob qualquer hipótese, uma vez que está protegido com ordem de habeas corpus preventivo. Essa condição foi definida entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o poder judiciário do reino espanhol.
A ordem de salvo-conduto (do latim salvus (salvo) conductus (conduzido) a Tacla Duran, expressa a ideia de uma pessoa conduzida a salvo. Daí a expressão salvo-conduto para exprimir o documento emitido pela autoridade que conheceu do habeas corpus preventivo, visando a conceder livre trânsito ao seu portador, de modo a impedir-lhe a prisão ou detenção pelo mesmo motivo que ensejou o pedido de habeas corpus.