Biosensor em forma de tatuagem não definitiva pode converter suor em eletricidade e vir a alimentar bateria de dispositivos móveis. É o que descobriram pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego. O desenho contém eletrodos entre dois e três milímetros de tamanho, capazes de gerar 4 microwatts, metade da carga de um relógio de pulso.
A energia gerada pela tatuagem temporária depende do suor do usuário. Uma das pessoas que passou pelos testes conseguiu produzir 70 microwatts por centímetro quadrado de pele. Ela foi a que mais suou em testes. A eletricidade é conduzida pelo ácido lático gerado em atividades físicas, presente na transpiração liberada pelos poros.
Inicialmente, a tatuagem foi criada para um diagnóstico médico, para pessoas com altos níveis de ácido lático e que necessitam de tratamento. Uma enzima puxa os elétrons do ácido, tornando-os úteis para baterias de smartphones e gadgets vestíveis. O experimento foi apresentado na Sociedade Americana de Química (American Chemical Society) recentemente. A pesquisa foi guiada por Joseph Wang, doutor em Nanoengenharia da universidade norte-americana.
Os testes foram realizados em 15 voluntários. A tatuagem sai com o tempo, porque é feita apenas de tinta, sem uma intervenção radical no corpo. Futuramente, esse tipo de tecnologia pode estimular pessoas a se exercitarem para recarregar seu celular e outros aparelhos, simultaneamente. Essa alternativa pode tornar a vida mais saudável para o corpo e menos poluente no fornecimento de energia.
Confira o vídeo sobre o projeto: