Notícia ruim para o bolso que chega com a velocidade da luz: a taxa extra cobrada pelo consumo de energia elétrica estará 50% mais cara a partir desta quarta, 1° de setembro. Passa dos atuais R$ 9,492 para R$ 14,20. O anúncio foi feito no final da tarde, já quando as luzes começavam a ser acesas, pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
O novo valor da Bandeira Vermelha será cobrado ao menos até abril do próximo ano. Para justificar o reajuste considerado exorbitante pelo consumidor, a Aneel citou a crise hídrica, que deixa a produção de energia mais cara.
André Pepitone, diretor-geral da Aneel, disse que “tendo em vista o déficit de arrecadação já existente, superior a R$ 5 bilhões, e os altos custos verificados, destacadamente de geração termelétrica, foi aprovada determinação para que a Aneel implemente o patamar específico da Bandeira Tarifária, intitulado ‘Escassez Hídrica’, no valor de R$ 14,20 / kWh”.
Segundo Pepitone, a tarifa média no Brasil é de R$ 60. Somando a bandeira tarifária válida no momento, a conta fica, até o momento, em R$ 69,49. Com o novo valor, a conta sobe, no exemplo, para R$ 74,20, um aumento de 6,78%.
No fim de junho, a agência já havia anunciado um reajuste na tarifa da bandeira vermelha 2, a mais cara até então, que ficou em R$ 9,49 ou 52% mais cara no mês seguinte. A alta do preço ocorre em meio à maior estiagem enfrentada pelo Brasil dos últimos 91 anos, o que obrigou que o sistema de geração de energia tivesse ajuda de usinas termelétricas, cujo custo de operação é bem mais alto.