A Missão Permanente do Irã na ONU alertou nesta terça-feira, 31, após o recente ataque de drones na província de Isfahan, supostamente realizado por Israel, que Teerã consideraria qualquer ação militar dos Estados Unidos contra o Irã como uma declaração de guerra que seriam recebidos com medidas de retaliação.
“Na perspectiva do Irã, o uso da opção militar em qualquer nível significa a entrada dos EUA na guerra. Por enquanto, o Irã considera essa possibilidade fraca”, disse a missão à revista US News.
Teerã também disse que se os EUA “calcularem mal e começarem uma guerra”, Washington seria responsável pelas consequências de tal conflito “para a região e para o mundo”, informou a agência de notícias. Nesse caso, o Irã será capaz de garantir sua própria segurança e defender os interesses do país, disse a revista citando a missão.
Até agora, Washington negou qualquer envolvimento no recente ataque ao Irã, informou o meio de comunicação.
“Vimos os relatos da imprensa, mas podemos confirmar que nenhuma força militar dos EUA realizou ataques ou operações dentro do Irã. Continuamos monitorando a situação, mas não temos mais nada a fornecer”, disse um porta-voz do Pentágono à mídia.
Na noite de sábado, ocorreu uma explosão no bairro norte de Isfahan, em uma das empresas militares do Ministério da Defesa iraniano, informou a mídia. Mini-drones supostamente atacaram um depósito de munição. Nenhuma vítima foi registrada. Na mesma noite, ocorreu uma explosão e um incêndio subsequente em uma planta industrial de produção de petróleo na cidade de Azarshahr, no noroeste do Irã.
O Wall Street Journal informou, citando autoridades americanas, que Israel estava por trás do ataque do drone. Suposições semelhantes foram expressas por um funcionário iraniano citado pela emissora Al Jazeera.