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Lá no Céu

Tem milhões de pessoas esperando Roriz com tapete vermelho

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Renato Riella

Moro no Condomínio Life. Hoje de manhã, vi três faxineiras meio abraçadas, falando em tom de reza. Mulheres baixinhas, gordinhas, de meia idade. Uma mulata, outra preta, outra branca.

-Rezo por ele, que me tirou dos buracos do Paranoá e me deu uma moradia decente…

E assim foi. Cada uma dizia um motivo para rezar por Joaquim Roriz, que acabara de falecer.

Digo a vocês que ando imune a emoções. Tenho muito o que fazer e nada altera mais a minha pulsação. Não tem notícia ruim que me abale. Mas me escondi atrás de uma pilastra e me permiti ficar emocionado por alguns segundos, ouvindo as mulheres falando do Roriz.

Lembrei que Joaquim Roriz foi o ser humano que mais criou situações desafiantes na minha vida, e que mais confiou em mim.

Graças a ele, administrei muitos projetos que beneficiaram milhões de pessoas – apenas pela recompensa de fazer o bem.

Durante muito anos, nas décadas de 80, 90 e 2000, acompanhei este impressionante e poderoso governador.

Nunca convivi com alguém tão respeitoso em relação aos diversos tipos de seres humanos.

Roriz nunca reclamou de um café frio, nem dos chatos que queriam isso e aquilo, nem admitia qualquer tipo de violência.

Valorizava a família e nos prestigiava junto às nossas mulheres e filhos. Um ser humano com uma educação transcendental, divina.

Todas as vezes em que levei centenas de projetos a ele, sempre perguntava: “A comunidade aprova?” Se a comunidade aprovasse, estava feito.

Aprendi com ele que sempre existiam recursos, com a seguinte frase: “Nunca falta dinheiro para os bons projetos”.

E para esses demagogos da esquerda, cito a principal frase de Joaquim Roriz: “Ninguém é invasor no seu próprio país”. nCom Roriz, o pessoal da Agefis há muito estaria na rua.

Dito isso, vou cuidar da minha vida.

Lembro apenas de uma lição que recebi em palestra na Comunhão Espírita. Foi sobre Bezerra de Menezes, um médico há muito falecido, que é um dos maiores patronos do espiritismo brasileiro.

Contam que Bezerra de Menezes ficou doente e morreu. Foi tratado durante alguns dias nos hospitais espirituais.

Quando ele estava ainda acamado, mas em recuperação, ouviu grande barulho do lado de fora do ambiente onde se encontrava. Perguntou o que era.

Os mentores espirituais levaram Bezerra de Menezes até uma janela, onde milhares de pessoas que foram ajudadas por ele aqui na Terra esperavam vê-lo.

Muito aplaudido, cumprimentou a massa de espíritos do bem e voltou para sua cama.

Imagino quantos milhões de beneficiados pelo Roriz vão esperar ele lá em cima, com tapete vermelho.

Deus salve e eleve o grande Joaquim Roriz.

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