Cláudio Coletti
O presidente Michel Temer e o ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva estão numa corrida cheia de obstáculos contra o relógio. Contra os dois pesam denúncias de envolvimento em uma série de atos delituosos gravíssimos, vindas da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal, com potencial de bani-los da vida pública e condená-los a prisão.
São denúncias de fatos que provocam fortes impactos no cenário político nacional, com reflexos da economia do país e que acabam mexendo com o dia-a-dia de milhões de brasileiros.
Temer e Lula, hoje inimigos políticos, idealizaram a mesma linha de defesa. Afirmam que estão sendo acusados sem prova, são vítimas de perseguição política. Investem ferozmente contra os procuradores e policiais federais; no caso de Lula, contra o juiz federal Sérgio Moro.
Os discursos dos aliados de Temer na CCJ da Câmara e o discurso que Lula tem feito são semelhantes. Ambos se dizem inocentes. Procuram construir a mesma versão de que há conspiração dos procuradores e policiais federais contra eles.
Dentro de um futuro bem próximo, o País ficará sabendo de que lado está a verdade. Um calendário terá de ser cumprido tanto por Temer como por Lula.