Machado Ramos
Uma semana. Foi esse curto período de tempo em que o presidente do Brasil, Michel Temer, e dos Estados Unidos, Donald Trump, se viram imersos em pautas negativas, sem apoio em suas bases políticas e diante da possibilidade de impeachments.
Para resumir: Do lado de lá, Trump enfrenta o FBI; deste lado, Temer enfrenta sua baixa popularidade, os escândalos de corrupção e um país nada confiante.
Aqui, Temer foi jogado na lama após a delação premiada de um dos principais executivos do país, Joesley Batista, e após o vazamento de áudios com o então executivo.
Lá, nos Estados Unidos, Trump, também foi arrastado para a lama por conta de um pedido feito ao então diretor do FBI, James Comey, para abandonar a investigação sobre os laços de sua campanha com o governo russo.
A atitude dos dois presidentes diante de tal apocalipse balançou as maiores democracias do Hemisfério Ocidental. Mais precisamente duas frases marcaram a situação.
“Tem que manter isso, viu!” – Frase cunhada por Michel Temer, para endossar o suborno do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, pelo dono do grupo JBS, Joesley Batista.
“I hope you can let this go! (Espero que você possa deixar isso ir)” – Frase cunhada por Donald Trump ao então diretor do FBI, James Comey, para abandonar a investigação sobre os supostos laços de sua campanha com o Kremlin.
Ambas as declarações vieram a público nos últimos dias e representam o apelo dos respectivos presidentes sobre a continuação das investigações que se aproximam do núcleo de seus comandos. E ambos os presidentes se sustentam em bases extremamente frágeis.