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Temer é reeleito no PMDB, fica em cima do muro mas diz que lança o olhar no futuro

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e o vice-presidente da República, Michel Temer, participam da convenção Nacional do PMDB (Valter Campanato/Agência Brasil)

Beatriz Bulla, Julia Lindner e Daniel Carvalho

Em discurso na convenção nacional do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, pediu a união do partido e evitou críticas ou acenos de apoio ao governo. “Não é hora de dividir os brasileiros, de acirrar ânimos, de levantar muros”, disse o peemedebista neste sábado, 12, em meio a apelos, no evento, para que o partido desembarque do governo Dilma Rousseff.

“A hora é de construir pontes e é o que o PMDB está e estará fazendo. Sairemos daqui hoje todos nós unidos em torno de um sentimento nobre, de um ideal, em nome dos brasileiros, para resgatar os valores da nossa República e reencontrar a via do crescimento econômico e do desenvolvimento social”, disse o presidente da sigla, tratado na convenção, que ocorre em Brasília, como futuro presidente da República.

No discurso, Temer falou que o País enfrenta uma “gravíssima crise política e econômica”. “Não podemos nos abater nem perder a confiança no futuro”, disse Temer.

O partido se divide entre os governistas, que tentam postergar o desembarque do governo, e as lideranças que pedem o afastamento imediato. Na convenção deste sábado, só as vozes contrárias ao governo, além do próprio Temer, que evitou as críticas, tiveram acesso ao microfone. Os peemedebistas aliados ao governo Dilma evitaram desgaste com discursos perante a militância.

Temer chegou acompanhado do ex-presidente da República José Sarney e dos presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL). No discurso, disse que o partido “converge em todas as ocasiões em que é preciso cuidar do Brasil”.

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