Cláudio Coletti
Os programas sociais, bem explorados eleitoralmente durante os 13 anos do governo do PT (oito de Luis Inácio Lula da Silva e cinco de Dilma Rousseff), começam a passar por uma profunda devassa, em obediência a determinação de Michel Temer.
O novo ministro da área social, deputado Osmar Terra (PMDB- RS), citando o “Bolsa Família”, afirmou que o programa será reavaliado. A ideia é encontrar portas de saídas para que os seus beneficiados, bem como de outros programas assistenciais possam alcançar caminhos para que não precisem mais dos benefícios do governo.
Um pente fino também vai atingir as estatais (Eletrobrás, Petrobras etc) e as instituições financeiras estatais (Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal).
Será feito ainda um inventário de todos os problemas que travam o bom funcionamento dos ministérios. A ordem é desvendar a herança negativa deixada pelo PT. Haverá inclusive uma revisão dos atos relativos às desapropriações e remarcações de terra em todo o País.
As agências reguladoras passarão por mudanças, no sentido de tirar-lhes as influências políticas, que causaram péssimos resultados em seus funcionamentos.
Resumindo: será aberta a “caixa-preta” da gestão petista e a radiografia será levada ao conhecimento da sociedade brasileira.
Temer está programando todas as ações com a convicção de que ficará à frente do governo até o dia 31 de dezembro de 2018. Ele está certo que o Senado, em setembro, decretará o afastamento definitivo de Dilma, tal o volume dos malfeitos praticados por ela e o PT.
Isso ficou claro na primeira reunião do ministério, quando o presidente interino determinou a extinção de 4 mil cargos de servidores comissionados e de confiança. No frigir dos ovos, isso representa um corte de 23,4% nos 17.090 postos da Esplanada dos Ministérios, preenchidos por indicações do PT e de políticos próximos ao Palácio do Planalto.