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Temer parte para o ataque e diz ser vítima de infâmia

Marta Nobre

O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira, 27, que tem sido vítima de “infâmia, com a denúncia (feita pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot) de corrupção passiva. Uma acusação por ilação, porque não recebi nenhum dinheiro, nenhuma vantagem”.

– Sou da área jurídica e esse tipo de denúncia não me preocupa. É uma questão para o Poder Judiciário decidir. Mas preocupam, admito, as consequências políticas, enfatizou. Essa denúncia é uma ficção, feita com base em provas ilícitas, sentenciou.

Temer acusou Marcelo Miller, ex-assessor direto de Rodrigo Janot, de preparar uma armadilha contra ele. Um procurador, disse, que deixou um emprego público, sonho de todo advogado, para trabalhar para delatores em troca de milhões de reais.

Em seu pronunciamento, o presidente acusou Joesley Batista de comandar capangas e de ser um bandido confesso. “É um ‘grampeador’, que agiu de forma maldosa para escapar da cadeia”, sublinhou Temer.

O presidente deu a entender que outras pessoas podem ter ganhado milhões de reais em honorários. E fez uma ilação, sugerindo que o dinheiro não pode ter sido apenas para Marcelo Miller, ex-assessor de confiança de Janot, que deixou a Procuradoria para trabalhar como negociador de delações premiadas.

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