Têmis, a deusa da justiça na mitologia grega, é a personificação da lei e da ordem, e protetora dos oprimidos. Ela é representada com os olhos vendados e com uma balança na mão, simbolizando a imparcialidade e a igualdade entre os homens. Existe para estabelecer a paz e ajustar as divergências. Como não enxerga lados, mas fatos, Têmis fareja e pune ditaduras. inclusive as do próprio poder judiciário, quando promove injustiças.
Imponente, Têmis é mais do que uma figura estática em estatutos de tribunais. Ela é a essência da justiça, da lei e da ordem, a guardiã dos ideais humanos, do direito de ir e vir. A deusa não vê pessoas, influências ou interesses. Apenas fatos. A balança que segura em uma das mãos não é apenas um ornamento; é o instrumento pelo qual pesa, com precisão divina, os argumentos, as provas e as histórias de todos que a procuram. Seu propósito é claro: estabelecer a paz e ajustar as divergências, garantindo que a igualdade prevaleça entre os homens.
Mas há algo ainda mais intrigante em Têmis: sua coragem de farejar e punir os abusos, mesmo que venham de onde menos se espera. Quando o poder judiciário, que deveria encarná-la, desvia-se do caminho da imparcialidade e comete injustiças, Têmis não hesita. Ela se torna o eco da indignação popular, o grito silenciado pelos que, sob a toga, se permitem ser ditadores.
Temis não pertence a um lado; ela pertence à verdade. E, na sua imparcialidade cega, está a esperança de que, mesmo diante dos desvios humanos, a justiça possa prevalecer. Afinal, sua venda não é um convite à indiferença, mas um compromisso de olhar além das aparências e julgar com o coração e a mente livres de preconceitos.
Talvez, em tempos sombrios, a maior lição de Têmis seja que a justiça, como ela, é um ideal que precisa ser defendido todos os dias, mesmo que isso signifique confrontar os próprios guardiões do sistema.