As manchas solares ativas descobertas na superfície do Sol liberam bilhões de toneladas de plasma e geram campos magnéticos. Embora a tempestade geomagnética seja moderada, ela pode interferir nas comunicações por satélite, espaço e aviação.
E isso aconteceu na segunda-feira, 22, causando uma queda nas ondas de rádio no Oceano Pacífico. O incidente durou alguns segundos. Mas o forte fluxo de partículas energizadas afetou os pólos terrestres, com o apagão durando cerca de sete horas.
“Quanto aos apagões de rádio, sim, o risco está aumentando agora. Já tivemos duas pequenas explosões de classe M, resultando hoje em apagões de rádio de curta duração no nível R1, mas em breve poderão se tornar mais longos e maiores. Segundo previsão do Clima Espacial da NOAA Center, há o risco de um apagão de rádio no nível R1-R2 em 60 por cento nos próximos dias”, disse a física Tamitha Skov.
As explosões solares de classe M são de tamanho médio, podendo causar interrupções de rádio que afetam as regiões polares da Terra. Cientistas avisam que duas manchas solares ativas identificadas como 3559 e 3555, estão emitindo bilhões de toneladas de materiais que contêm plasma e geram campos magnéticos.
Contudo, asseguram, nem agora, nem num futuro a médio prazo, “o público em geral não precisa se preocupar”. Na verdade, o evento da explosão solar trará um “verdadeiro deleite” para os observadores de estrelas esta semana, com deslumbrantes observações nos estados do norte dos EUA, incluindo Iowa, Maine, Michigan, Nova York.
A tempestade foi classificada como um evento G2, moderado na escala do SWPC. Essas tempestades geomagnéticas podem interromper as operações de satélites e naves espaciais em órbita, bem como rádios de alta frequência.
“Aqueles que podem ser afetados são pessoas que dependem de serviços GPS/GNSS, especialmente em altas latitudes, bem como agricultores de precisão e qualquer pessoa que utilize UAVs para reconhecimento, busca e salvamento ou fotografia aérea”, observou Skov.