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Teori desautoriza ‘juizeco’ e leva Métis para o Supremo

Marta Nobre, Edição

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a Operação Métis e pediu que o inquérito seja enviado à Corte máxima. A Métis investiga um grupo do Senado que armou esquema de contrainteligência para blindar senadores da Lava Jato.

A Operação provocou a ira do presidente do Congresso Renan Calheiros (PMDB-AL) contra o juiz Vallisney de Souza Oliveira (que ele chamou de juizeco), da 10.ª Vara Federal de Brasília, que autorizou a deflagração da Métis. A declaração provocou repulsa da presidente do Supremo, Cármen Lúcia, que exigiu respeito a Renan

A decisão de Teori foi dada em Reclamação ajuizada pelo policial legislativo Antônio Tavares dos Santos Neto, preso na Métis. A operação prendeu também Pedro Ricardo Araújo Carvalho, diretor da Polícia do Senado, outros dois de seus subordinados, Everton Elias Ferreira Taborda e Geraldo César de Deus Oliveira. O agente alegou que “houve usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal”.

Tensão – Também ministro do Supremo, Gilmar Mendes voltou a criticar a atuação de agentes da Polícia Federal que cumpriram diligências no Senado e prenderam quatro policiais legislativos, acusados de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Para o Gilmar, o cenário político brasileiro está sendo marcado por “muita tensão” e o caso precisa ser examinado com “cautela”.

“É, de fato, um caso politicamente delicado, porque não é um caso de escola. Colocar polícia no Congresso não é o melhor método de lidar com isso. A não ser que seja imprescindível, nós devemos evitar”, disse Gilmar Mendes a jornalistas, depois de participar do XIX Congresso Internacional de Direito Constitucional, em Brasília.

“A questão de fundo é uma questão realmente delicada: a presença de polícia no Congresso Nacional, a busca e apreensão realizada em sede do Congresso, isso precisa ser examinado com cautela”, prosseguiu Gilmar Mendes.

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