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Enterrando o mal-estar

Tereza minimiza escritório em Israel e aposta nos árabes

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse nesta terça (2) que o Brasil é amigo dos países árabes e muçulmanos. Segundo ela, há um esforço para manter este bom relacionamento com aumento da cooperação comercial. Na próxima semana, a ministra se reúne com 51 embaixadores de países árabes na tentativa de desfazer o mal-estar em torno da instalação do escritório de negócios do Brasil em Jerusalém, conforme anunciado no último dia 31 pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Na agricultura, temos um país que produz muito, o Brasil, e um mercado em que existe uma confiança entre a agricultura brasileira e os consumidores dos países islâmicos. E nós vamos continuar perseguindo esse bom entendimento”, disse.

Em seguida, Teresa Cristina acrescentou: “Esse bom relacionamento com os árabes, com os muçulmanos, com quem gostamos muito de ter relações comerciais, no Ministério da Agricultura e com os produtos da agropecuária brasileira”.

Para a ministra, a instalação de um escritório de negócios em Jerusalém é um meio-termo, em vez de uma embaixada. Segundo ela, há um descontentamento dos países árabes em relação a este assunto, mas disse que o Ministério da Agricultura tem de continuar trabalhando para manter o diálogo.

“A gente tem de estar preparado para tudo. Acho que o escritório de negócios é um meio-termo, não é a embaixada lá. A gente sabe do ânimo que existe na região, mas o Brasil é um país amigo de todos os países, e na área comercial temos um peso muito grande no mundo árabe, no mundo islâmico”, afirmou.

Teresa Cristina afirmou que o diálogo será mantido. “É claro que há um descontentamento. Mas, nós da Agricultura, temos de trabalhar pela agricultura. Esses problemas de geopolítica são para o presidente da República, para o chanceler”, disse. “Vamos conversar, ouvir, e continuar com essa abertura de diálogo que o Ministério da Agricultura sempre teve com esses países, que são compradores da produção brasileira.”

A ministra disse que “no que depender de mim como ministra e do setor produtivo, que apoia o relacionamento, vamos continuar fazendo com que cresça essa cooperação comercial entre os países do mundo árabe e o Brasil e fique cada vez mais robusta.”

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