Notibras

Terra de solo vermelho precisa ter filhos perdoados por seus pecados

Este país descoberto por Pedro
Tem por telhado, dias seguidos, o céu anil
É contemplado por planícies, rios e matas
Que enchem de orgulho o peito varonil
Em suas plagas, o sol, generoso, se espalha
Ressoam suas virtudes no corpo e na alma
Banha-lhe o mar, as costas amadas
Lhe cobre à noite, a vênus prateada
Por diamantes brilhantes enfeitada

Estamos desnudos sobre seu solo
Neste país que se dividiu
A ferida do meu peito se abre
A sorrir numa calma estranha
Seus alicerces foram abalados
Amigos olvidados
Na lama está sua bandeira
Eis, vocês, unidos pela dureza e a fraqueza
Por seus próprios deuses condenados

Entrelaçais suas mãos e rogais
Pois a peste está a sua volta
O hálito da morte bafejou suas costas
Cruzes traçam seu solo
Em leitos, seus filhos estão entubados
Oh! Marias, chorem os seus crucificados
Para que suas chagas sejam curadas
Essa terra vermelha não quer mais sangue
Pai infinito, perdoai nossos pecados!

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