Notibras

Terra do Vinho, do Velho Chico, do artesanato e de muita carranca bonita

Quem conta é Fau, professora no Recife, aparentada de gente aqui da Redação Nordeste de Notibras: Petrolina, no sertão de Pernambuco, é um lugar onde as águas tranquilas do Rio São Francisco cortam a aridez do semiárido, levando vida e esperança. Para quem chega pela primeira vez, como ela – que passou dois dias na cidade ministrando cursos na área pedagógica – é difícil imaginar que no meio desse calor abrasador, essa cidade esconde um dos polos vitivinícolas mais promissores do Brasil. Sim, Petrolina é terra de vinho. E não é nenhum vinho. São rótulos que competem com os melhores do país, frutos de uma honestidade inteligente que transforma o sertão em vinhedos

E tem o São Francisco, que é mais que um rio; é um símbolo de resistência e tradição. Suas águas carregam histórias antigas, lendas passadas de geração em geração. E junto com ele, vêm as carrancas. Essas esculturas de madeira, feitas à mão, adornam as proas das embarcações que cantam as águas do Velho Chico. Dizem que as carrancas afastam os maus espíritos, protegendo os pescadores e barqueiros das surpresas que o rio possa reservar. E em Petrolina, elas se tornaram um ícone.

Além das carrancas, o artesanato local floresce em feiras e lojas de artesões. Peças de barro, couro e madeira ganham vida nas mãos hábeis de artistas que mantêm vivas as tradições da região. O visitante se encanta com a riqueza dos detalhes, com a diversidade de formas e núcleos que representam a cultura sertaneja.

Petrolina é também um oásis cultural, onde o sertão árido se transforma em um caldeirão de expressões artísticas. O calor é forte, mas a hospitalidade é ainda mais quente. E entre um gole de vinho e uma boa conversa à beira do São Francisco, o tempo parece desacelerar, permitindo que as histórias do rio, das carrancas e do sertão ecoem na alma de quem passa por ali.

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