Ceará
Tio Sam vai conhecer os dinossauros made in Brazil

Nunca sonhei que um dia veria um dinossauro atravessando a fronteira. Mas aconteceu. E, como toda boa história brasileira, começou com um jeitinho.
O Parque dos Dinossauros do Brasil, orgulho de uma cidadezinha perdida no interior nordestino, decidiu que era hora de expandir horizontes. Afinal, por que só os brasileiros deveriam ter o privilégio de tirar selfies com um T-Rex de fibra de vidro? E lá foi ele, o parque inteiro — dinossauros, placas educativas, lojinha de lembranças e até o tio do algodão-doce — embarcando rumo à América do Norte.
A chegada foi um espetáculo. Os americanos, acostumados com parques gigantes e orçamentos de Hollywood, ficaram intrigados com o charme improvisado do parque brasileiro. O Velociraptor tinha cola aparecendo nas juntas, o som do Pterodáctilo era um áudio de WhatsApp em loop, e o dinossauro mais temido atendia pelo carinhoso apelido de “Zé Rex”.
Mas foi um sucesso. Talvez porque, no fundo, o parque levava mais do que réplicas jurássicas — levava aquele espírito brasileiro de transformar o impossível em realidade com criatividade e bom humor. Crianças riam, adultos tiravam fotos e, pela primeira vez, um parque que nasceu no Brasil fazia história do outro lado do continente.
E assim, entre um “roar” de mentira e uma coxinha vendida em food truck, o Parque dos Dinossauros do Brasil conquistou a América. Afinal, dinossauro também tem o direito de viajar — e de ser brasileiro
Agora, um pouco de realidade…
Imagine acordar numa bela manhã ensolarada no Ceará, sair para comprar um cuscuz e, de repente, dar de cara com um Tiranossauro Rex de 15 metros de altura rugindo para você. Sim, amigo, isso vai ser possível! Mas calma, não precisa sair correndo ou chamar o Ibama. Trata-se do Alchymist Prehistoric Park, o mais novo parque de dinossauros da América Latina, onde o passado pré-histórico e o presente nordestino se encontram para criar cenas dignas de um filme do Spielberg misturado com uma novela das seis.
O parque, que será inaugurado em Caucaia, a apenas 30 km de Fortaleza, promete levar o visitante para uma viagem à Era Mesozoica. E não é pouca coisa, não! São mais de 80 réplicas de dinossauros, todas super realistas, com direito a som, movimento e, possivelmente, aquele olhar de quem está pensando se você daria um bom lanche. Vai ser um Jurassic Park sem os perigos do Velociraptor, mas com o risco de você tropeçar enquanto tira uma selfie com um Tricerátops.
O empreendimento faz parte da segunda fase do projeto Lagoa Encantada e recebeu um investimento de R$ 12 milhões. Ou seja, dinheiro suficiente para comprar um batalhão de coxinhas ou, no caso, encher o Ceará de dinossauros. A única dúvida que fica é: será que eles vão ensinar os répteis gigantes a dançar um forró? Imagina só um Pterodáctilo rebolando ao som de Wesley Safadão. Se isso acontecer, vai ser a melhor atração do parque.
Então, já sabe: se em breve você estiver dirigindo pela estrada e avistar um Braquiossauro do tamanho de um prédio balançando o pescoço, não se assuste. O Ceará agora tem dinossauros, e o melhor: eles não mordem. Pelo menos, é o que dizem…
