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Tiroteio com Caso Nalva acirra disputa por comando da OAB

A eleição para a presidência da seccional da OAB em Brasília, disputada em cinco frentes, está deixando os advogados tontos. O clima chegou a tal ponto que um interlocutor de Notibras citou Rui Barbosa, para quem ‘covardes não são dignos da advocacia’. E nesse “jogo de empurra” observa-se um cenário ainda mais efervescente com a exumação do Caso Nalva, provocando um tiroteio em Águas Claras que pode ricochetear para todos os lados.

Ao que se apurou, doutor Welbert, agora candidato, antes de romper com seus velhos aliados, presidia a Comissão de Ciências Criminais, tendo se negado, à época, a atender sua colega de subseção Nalva, supostamente perseguida pelo STF.

Hoje, porém – pontua nosso interlocutor -, o que acontece é que “o candidato que esbraveja e fala sobre prerrogativas”, teria se negado a atender a colega, alegando que não ganharia nada em ajudá-la (isso visto sob o aspecto financeiro). Ao mesmo tempo, também não seria animador, para ele, ‘comprar uma briga’ com o Supremo.

Na tentativa de explicar a situação, doutor Alexandre, um dos primeiros advogados da colega Nalva, postou um vídeo no Youtube na expectativa de defender o candidato Welbert. Mas, já até a borda, o caldo jorrou e respingou em muita gente. Tudo porque Alexandre confirmou que acabou atuando no caso a pedido de Welbert, que teria alegado àquela altura que não atuaria por não poder cobrar honorários.

O estranho, ainda segundo o interlocutor de Notibras, é que ao prometer ajuda aos advogados pela OAB, Welbert teria esquecido que o cargo na Ordem não é remunerado. Fica, assim, a dúvida sobre qual a real intenção do candidato em presidir a subseção de Águas Claras.

De sua parte, a doutora Nalva produziu seu próprio vídeo, agradecendo, nas palavras dela, ‘o empenho’ de Eric Silva, atual presidente da subseção de Águas Claras, que se prontificou a defendê-la sem cobrar honorários e muito menos (aqui voltam as palavras de Rui Barbosa) se acovardar diante de uma Corte superior.

É certo, lembra nosso interlocutor, que muitos advogados querem ver a OAB comprometida com a ética e a transparência, mas principalmente que seus representantes não baixem a cabeça para ninguém. Ao contrário, devem, sim, erguer a advocacia ao local que lhe é seu por direito.

p/s – Os advogados citados acima foram procurados, sem sucesso (até a edição deste texto), para comentar esse ‘tiroteio’ verbal. O espaço fica aberto democraticamente para eventuais manifestações das partes envolvidas.

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