Marta Nobre
A deputada Celina Leão (PPS) foi afastada definitivamente da presidência da Câmara Legislativa. A decisão foi tomada nesta terça, 18, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, quando os desembargadores rejeitaram recurso apresentado pela parlamentar.
O plenário do TJDF é composto por 21 desembargadores. Onze votaram contra o retorno da deputada; outros 10 – incluindo o relator José Divino – acataram o recurso da defesa.
Celina e os demais membros da Mesa Diretora (Raimundo Ribeiro, Júlio César e Bispo Renato) foram alvos da Operação Drácon, deflagrada em agosto. Na ação da Polícia Civil e do Ministério Público esses deputados são investigadas em denúncias indicando que o grupo comandava a Câmara um suposto esquema de propina para liberar emendas dirigidas ao pagamento de empresas da área de saúde.
As investigações começaram em agosto, quando toda a Mesa Diretora foi afastada por decisão judicial. Antecipando-se ao processo, a então vice-presidente, Liliane Roriz, renunciou ao cargo.
Com a decisão desta terça-feira, o deputado Juarezão, eleito para a vaga de vice com a renúncia de Liliane, assume definitivamente o comando do Legislativo brasiliense.
Há, entretanto, a possibilidade de um recurso de Celina ao Superior Tribunal de Justiça ou diretamente ao Supremo Tribunal Federal. O principal argumento é o de que, pelo placar inverso ao conferido a ela, o deputado Raimundo Ribeiro, 1º Secretário da Câmara, e também envolvido nas investigações, foi autorizado na mesma sessão a voltar ao cargo.