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Tocha Olímpica vira novo motivo de protesto de grupos contra o impeachment

Marta Nobre, Edição

Se tem foco nas máquinas fotográfias dos jornalistas e as câmeras de televisão está ligadas, lá estão eles. São os movimentos sociais ligados ao governo, que aproveitam qualquer chance para aparecer na mídia. A cena se repetiu nesta terça, 3, quando dezenas de pessoas ligadas a esses grupos e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff se concentraram no lado de fora do Palácio do Planalto, para o revezamento da tocha olímpica no Brasil. Muitas faixas, inclusive em inglês, espanhol e até russo, citam que está havendo um “golpe” no Brasil.

Segundo Rita Andrade, do coletivo Artistas pela Democracia, a concentração de pessoas do lado de fora do Planalto ocorreu sem ter sido organizada por qualquer grupo. “Foi algo espontâneo, até porque com a queda do WhatsApp no Brasil, não pudemos nos comunicar para chamar as pessoas”, contou.

Ela diz que a intenção é aproveitar o momento de grande audiência, principalmente internacional, para mostrar a situação do País. “A ideia é mostrar para o mundo que o Brasil está sofrendo um golpe. O que a gente vê no Congresso é um absurdo. Estamos aproveitando o momento, infelizmente, não para comemorar”, explicou.

Também estão presentes militantes do PT, da Contag e do MLT (Movimento de Luta pela Terra), entre outros. As pessoas cantam, entre outras coisas, pela permanência de Dilma e pela manutenção da democracia. “Ela representa a sobrevivência da democracia no Brasil”, continua Rita.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) já tinha avisado que não gostaria de ver a tocha sendo “vítima” do debate político e esperava que os manifestantes respeitassem o famoso símbolo olímpico. O temor é que as reclamações aumentem caso a presidente tenha o pedido de impeachment aceito pelo Senado.

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