O calendário nacional da Casacor, faz com que a edição São Paulo aconteça em meados de junho, no final do outono. A luz natural que transborda pelas janelas é especial e a temperatura mais baixa ao anoitecer prenuncia a chegada do inverno. E foi nessas condições que o arquiteto Edson Lorenzzo resolveu receber seus convidados. Seu Lounge de Entrada exibe uma lareira em balanço, ladeada por três poltronas: duas mais rústicas, e outra, mais moderna com base giratória, da Dunelli. Como elemento de destaque, a pele de ovelha, que reveste dois dos assentos.
Na mesma atmosfera, A BC Arquitetos, convida a todos para entrar, se jogar no sofá, e, entre uma taça e outra de vinho, assistir a um filme com a lareira acesa. Tudo como se estivesse em casa. “A marcenaria do projeto foi toda desenhada por nós, incluindo o apoio para garrafas dentro da adega”, conta a arquiteta Camila Avelar, sócia de Bruno Carvalho no escritório.
Quentinha, a sala de Juliana Pippi traz um canto de leitura em tons crus, com um cesto repleto de mantas e um banco formado por pétalas de feltro, feitas à mão, 100% lã de ovelha, da designer Inês Schertel. Arrematando tudo, um tapete de tear, desenhado por ela e executado pela By Kamy. Mais sóbrio e invernal, a suíte de Marlon Gama contrasta com a suavidade da composição de Juliana. As paredes são forradas de tecido cinza chumbo, o tricô se espalha por almofadas e mantas, enquanto o edredom e seus dez travesseiros felpudos só reforçam a sensação.
Os pequenos também ganharam seu espaço acolhedor na Casacor. O quartinho da MN Arquitetura e Interiores, repleto de tons terrosos, traz uma árvore de maçã com rede e uma horta toda de feltro, da Wool Design, para que a criança possa brincar sem perigo.
O clima ‘handmade’ ficou muito por conta da iluminação de pendentes feitos de macramê, da Macradecor, que se mistura a outros de linha da Bertolucci. “A gente fez uma mescla de materiais no projeto. Tem tecidos, peças feitas à mão de feltro, lã, crochê, tricô. Sempre em busca do calor que um quarto de criança pede”, diz a arquiteta Mayara Clá, mãe de primeira viagem de uma menina de 11 meses, que já testou o ambiente da mostra.