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0 a 0 com Ferroviária

Torcida põe pressão em Dorival após novo tropeço do São Paulo

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Autor/Imagem:
Marcius Azevedo

O São Paulo tinha de vencer e convencer diante da Ferroviária para aliviar um pouco da pressão sobre o técnico Dorival Junior. Neste domingo, com público fraco no estádio do Morumbi, na capital, o time tricolor não fez nem uma coisa nem outra. O empate sem gols pela nona rodada foi o terceiro tropeço consecutivo no Campeonato Paulista – perdeu para Santos e Ituano – e mantém o treinador bastante pressionado no cargo.

O próximo compromisso será contra o CRB, nesta quarta-feira, às 19h30, novamente em casa, no confronto de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Até lá, os dias devem ser bastante tensos pelos lados do Morumbi.

Pressionado, Dorival Junior fez quatro mudanças em relação ao time que perdeu para o Ituano. Por necessidade, escalou Edimar no lugar de Reinaldo, suspenso, e promoveu o retorno de Petros na vaga de Jucilei, lesionado, para atuar ao lado de Hudson. As outras duas foram por opção. Arboleda recuperou a titularidade, com Bruno Alves indo para o banco de reservas, e Valdívia ganhou a sua primeira chance como titular na função que era de Nenê.

Quando a bola rolou, a mudança não foi apenas nas peças. A postura do São Paulo era mais agressiva. Com uma linha de quatro jogadores avançados, o time pressionava na saída de bola. Dorival Junior optou por um esquema similar ao utilizado pelo técnico Fábio Carille na vitória do Corinthians no clássico contra o Palmeiras no último sábado. Cueva e Diego Souza se posicionavam lado a lado, sem um homem de referência definido.

Apesar de um maior volume de jogo, o São Paulo não conseguia encontrar espaço com facilidade na marcação da Ferroviária. Culpa da falta de competência para acertar aquele último passe antes da finalização. Não à toa, o primeiro lance realmente de perigo foi em cobrança de falta de Diego Souza, aos 24 minutos. O goleiro Tadeu fez ótima defesa.

Com o passar dos minutos, o São Paulo adiantou ainda mais as suas peças. O time de Dorival Junior ficava com os 10 jogadores de linha no campo ofensivo. Apesar disso, faltava objetividade. A bola ia de um lado para o outro, sem ninguém arriscar uma jogada individual para furar a marcação. As primeiras vaias, ainda tímidas, foram ouvidas pouco antes do final do primeiro tempo quando Edimar errou um domínio. E aumentaram na ida para o intervalo, depois de um gol perdido por Marcos Guilherme, talvez na única boa jogada ofensiva da equipe.

Diferentemente do que havia feito em Itu (SP), no meio de semana, Dorival Junior não mexeu na equipe para voltar para o segundo tempo. O panorama também não mudou. O São Paulo tinha posse de bola, mas não conseguia ser efetivo. A insistência do treinador durou apenas 11 minutos. Tréllez entrou no lugar de Diego Souza. Pouco depois, outra mudança: Nenê no lugar de Valdívia. A segunda substituição fez o torcedor explodir no Morumbi e gritar: “burro, burro, burro!”

O coro se repetiu quando Dorival Junior colocou Paulinho no lugar de Marcos Guilherme aos 21 minutos. A irritação era com o fato de o treinador não ousar para buscar o resultado positivo. Apesar da Ferroviária se preocupar apenas em marcar, o técnico tricolor não abriu mão de um dos volantes, ficando com Hudson e Petros em campo.

O São Paulo continuou jogando da mesma forma, trocando passes, mas com dificuldade para encontrar espaço. Quando conseguiu, ou parou em Tadeu, como em chutes de Cueva, aos 31, e Paulinho, aos 46 minutos, ou viu algum zagueiro afastar o perigo. Apesar da insistência, o time tricolor não conseguiu furar o bloqueio da Ferroviária e deixou o Morumbi sob vaias.

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